Uma breve análise/desabafo sobre o fim da Trilogia O Hobbit e a despedida da Terra-Média nos cinemas

Com o final da trilogia O Senhor dos Anéis em 2003 todos os fãs acharam que era uma despedida da Terra-Média. Ninguém acreditava que O Hobbit seria adaptado para os cinemas, assim como outras obras de Tolkien ambientadas no mesmo universo. Então vem a notícia que me deixou curioso. Guillermo del Toro iria dirigir a adaptação que seria produzida por Peter Jackson. Depois hove a inversão dos papéis e del Toro ficou apenas como produtor enquanto Peter Jackson dirigia. Admito que apesar de gostar do trabalho de Guillermo del Toro fiquei aliviado com Jackson assumindo a direção, afinal ele já conhecia aquele mundo e todos confiávamos em sua capacidade. O Senhor dos Anéis era considerada uma obra inadaptável e o cara fez uma obra de arte que até hoje figura entre os meus filmes favoritos. 

Apesar dos problemas que teve a pré-produção, o filme ia sair do papel e dividido em duas partes (a primeira parte estreando em dezembro de 2012 e a segunda em dezembro de 2013).Uma Jornada Inesperada, apesar da encheção de linguiça, foi o que eu esperava. Um filme divertido com um protagonista carismático. Uma nova aventura na Terra-Média com aquele toque de fantasia clássica. Apesar de alguns tropeços foi satisfatório. Ai o megalomaníaco Sr Jackson mandou diz que havia material suficiente pra transformar a duologia em uma nova trilogia e que o filme seria divido em dois. Quando soube que o final não seria mais o final fiquei sem saber se ficava feliz ou triste com a noticia. Ai veio A Desolação de Smaug, que é na minha humilde opinião o filme mais problemático da trilogia. Eu gostei do Smaug, afinal o vozeirão de Benedito é empolgante. Mas o filme vem com um roteiro sofrido, personagens mal aproveitados, um triângulo amoroso desnecessário e a excessiva duração fizeram do filme algo extremamente cansativo. E o final... Que final foi aquele?! Thorin Escudo-de-Carvalho e os anões enfrentando Smaug em uma sequência cheia de acrobacias mirabolantes e dificeis de engolir. E o dragão voando em direção a Cidade do Lago levando consigo a destruição. Não sei porque não mataram o Smaug neste filme mesmo. O final seria bem mais satisfatório que o coito interrompido que foi. Ainda assim não desistiria da saga, afinal era o mesmo Peter Jackson que nos brindou com a obra de arte que é a trilogia O Senhor dos Anéis e ele merecia meu voto de confiança.


Apesar do belo trailer eu fui ao cinema sem grandes expectativas quanto ao filme e isso fez bem a mim. Ao sair da sala de cinema tive a impressão que a maioria das pessoas gostou do filme. Minha opinião a respeito deste A Batalha dos Cinco Exércitos é que ele focou quase que completamente na batalha e esqueceu o Hobbit que da o título a franquia. Admito que me diverti bastante com o filme, mas não tem como não ficar esperando mais, sabe? É aquele lance de não importa o quanto eu queira aceitar tudo como está e pronto, simplesmente não dá. A trilogia foi desnecessária e poderia muito bem ter ficado só em dois filmes, ou melhor ainda se fosse um só. Acho que teria sido mais benéfico se assim fosse. Claro que adorei muitas das cenas de ação e lutas mostradas e o formato IMAX e o 3D só engrandecem a experiência, mas o filme tem suas falhas e elas não podemos deixar passar em branco. Sou fã da obra de Tolkien e achei que faltou respeito com relação aos fãs. Eu amo a Terra-Média e quero ver mais dela, quem sabe uma adaptação de Os Filhos de Húrin ou A Balada de Beren e Luthien,  mas por favor não deixem mais o Peter Jackson dirigindo. O filme diverte e se você encará-lo apenas como mais um filme de ação é um prato cheio, mas como adaptação de um de meus livros mais queridos deixou a desejar.

No final minhas notas (quem lê minhas críticas sabe não sou adepto delas mas aqui abro uma exceção) para os filmes foram 8, 6 e 7 respectivamente. Adeus Terr-Média espero poder ver você ainda #UmaÚltimaVez de forma satisfatória.